Monday, August 28, 2006
A língua é o exílio do que sonhas























O imaginário
tem o rosto feminino,
do mar
a ilha é a sua voz
que explode.
Tu és o irreal
que paira sobre os outros
as coisas.
A força da ausência
O que sonhamos e
nos foge entre
dedos: a areia.
Tu és a réplica
do oculto
a ilha a beleza
cruel o pleno
nas dores do vazio.




Virgílio de Lemos
(Ilha de Moçambique, 1952)
 
posted by Luis Almeida at 11:33 pm | Permalink |


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